As gordas escocesas
Sabotam a banda gástrica
Liquidificando tudo com a varinha mágica
As gordas irlandesas
Sentam a fome à mesa
E fazem do menino e da menina sobremesa
As gordas galesas
Cavalgam vassouras na apanha do joio
E enterram-nas sôfregas para servirem de apoio
As inglesas
Voltam gordas da guerra
Porque as outras gordas
Lhes serviram terra.
Diogo Baião
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
sábado, 4 de fevereiro de 2017
Estupor
Em pálidos braços
Disse me a minha mulher um dia
Amar cada palavra por mim falada
E mesmo que eu não dissesse nada
Assim me amaria
Agradeço tamanho louvor
Por ser tão amado
E ficar calado
Por amor
Isto não é gratidão mas queixume
Sobre a oralidade do amor sem desejo
Antepondo a palavra ao beijo
Entre cândidas bocas do cardume
Se falo
É por ócio
Faço-o por amor ao próprio
E em mim me lambuzo e regalo
Devoro-me sôfrego, extingo-me, em dor
Sou Terminal transporte
Na morte
E no amor
E Em pálidos braços
Disse-me a minha mulher um dia
Amar cada palavra por mim falada
E mesmo que eu não dissesse nada
Assim me choraria
Diogo Baião
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