domingo, 3 de setembro de 2017

(F)ilha

E a minha filha 
dorme tão bem 
Que para sua mãe 
É como de amor uma ilha 

Onde se passa amor e mais nada
Tanto que não ouço gritos de ajuda
Da minha amada, filha amada
Que não fala mas não é muda 

E dorme tão bem 
A minha filha 
Que nem incomodo sua mãe
Com o meu acordar de gravilha
Quando saio para o trabalho
Onde como enfermeiro
a trabalhar Me valho
A talhar o dia inteiro 

Até me talhar numa ilha 
Tanto que me ouvem gritar por ajuda 
Pela minha amada, amada filha 
Que não fala mas não é muda 

Diogo Baião