Chair adrift!
A man and a woman's story
Is set far from when they met
Before there was east in west
Where love is mandatory.
Before Northwomen grew quenchless thirsts for feeble man.
Chair adrift!
A man and a woman's story
Just like a drop of dirt in the ocean
Sinking its roots
Into a warm crust:
The birth of an island
Diogo Baião
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Or Or
It is known through popular wisdom
Or through the dictators of freedom
Or through the dictators of freedom
that we are not free to make mistakes,
free to locate them where freedom dictates.
It is known by any child and its designated adults
from birth or lately acquired,
from families or cults,
unwanted or desired,
that a threat
is everyone that one did and did not meet.
The mason crushes the anemones
to create a poisonous potion.
The florist collects stones
to play throw in the ocean.
the river
is now an old wives' tale
the view from the bridge
just shows gravel and rail
And we go on looking for bridges,
for water or trail
and in the search for rivers
we only find gravel and rail.
A concrete shadow
or grin?
Nothing but her restless yellow
hair in the wind.
and we go on doubting the way we turn the locks
while we hide
from the fear that knocks
and mocks us from the inside.
Diogo Baião
free to locate them where freedom dictates.
It is known by any child and its designated adults
from birth or lately acquired,
from families or cults,
unwanted or desired,
that a threat
is everyone that one did and did not meet.
The mason crushes the anemones
to create a poisonous potion.
The florist collects stones
to play throw in the ocean.
the river
is now an old wives' tale
the view from the bridge
just shows gravel and rail
And we go on looking for bridges,
for water or trail
and in the search for rivers
we only find gravel and rail.
A concrete shadow
or grin?
Nothing but her restless yellow
hair in the wind.
and we go on doubting the way we turn the locks
while we hide
from the fear that knocks
and mocks us from the inside.
Diogo Baião
terça-feira, 9 de agosto de 2016
"Privo-a de sono..."
Privo-a de sono
E de cair
Quem quer cair
Como as folhas de outono.
Eu também sou folha
E caio a dormir num calor de verão eterno
Que queima como o frio de inverno
Quando ela me olha.
E a primavera vem
quando ela se fecha em flôr e eu desabrocho acordado.
Chega a estação calma para quem
Acorda e adormece como um corpo no retrato.
Acordado ou a fingir,
Vou sonhando um sonho antigo:
Encontrar alguém que me deixe dormir
E que durma comigo.
Diogo Baiao
quinta-feira, 30 de junho de 2016
Praia da Física
Mamilos que se perdem na paisagem
De um vasto busto
São preço justo
Para a imaginação em viagem
Diogo Baião
domingo, 26 de junho de 2016
Borda d'Água
Guarda-chuva
À prova de bala
Sobre quem uiva:
"Olhó borda d'Água!"
Sobre quem explodem as nuvens
Na estrada para o cais.
Seguem as placas ensopadas de letras solúveis
Sentido
"Lisboa-Cascais"
Segue a comitiva no trilho dos vinténs,
Pais de filhos, filhos de mães,
Contornado o mar novo.
E vai seguindo a comitiva de cães
Onde há quem se torne lobo,
Entre os que uivam: "olhó calendário do povo!".
Diogo Baião
quarta-feira, 1 de junho de 2016
O dia em que o homem descobriu o fogo
O cigarro, ainda inteiro,
A cozinhar, a arder,
A mastigar-se.
A digestão lenta da refeição.
Dedos a estalar
como bolhas de azeite,
Rebentam e cessam
lentamente
O cigarro apaga-se.
Faz-se uma pausa.
Diz-se que se se mastigar lentamente,
O cigarro não engorda.
Metaboliza-se a nicotina
E os irritantes...
...componentes externos
À fumaça...
...a cozinhar, a arder,
A mastigar.
O cigarro, gasto,
Já beata
Na borda do prato.
Qual garfo desdentado
Em cima de um Jornal.
"Notícia de última hora:
O dia em que o Fogo descobriu o Homem".
Diogo Baião.
A cozinhar, a arder,
A mastigar-se.
A digestão lenta da refeição.
Dedos a estalar
como bolhas de azeite,
Rebentam e cessam
lentamente
O cigarro apaga-se.
Faz-se uma pausa.
Diz-se que se se mastigar lentamente,
O cigarro não engorda.
Metaboliza-se a nicotina
E os irritantes...
...componentes externos
À fumaça...
...a cozinhar, a arder,
A mastigar.
O cigarro, gasto,
Já beata
Na borda do prato.
Qual garfo desdentado
Em cima de um Jornal.
"Notícia de última hora:
O dia em que o Fogo descobriu o Homem".
Diogo Baião.
sexta-feira, 22 de abril de 2016
Lisboa, O Homem
Lisboa, Negociante de fruta
por tuta e meia ou meia tuta.
Negociante de forçada labuta,
homem da lida
por puta e meia ou meia puta,
homem da má vida.
Veste calças de bombasine, justas
daquelas com fecho-éclair
para lá ir beber ao templo das musas,
de beata na mão, cigarro se der.
Diogo Baião
por tuta e meia ou meia tuta.
Negociante de forçada labuta,
homem da lida
por puta e meia ou meia puta,
homem da má vida.
Veste calças de bombasine, justas
daquelas com fecho-éclair
para lá ir beber ao templo das musas,
de beata na mão, cigarro se der.
Diogo Baião
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Para lá de bem
Levo esta missão bem a rabo.
Retorcido, emaranhado.
Para saber o seu nome
E porquê tanta fome
Em ser diabo?
Retorcido, emaranhado.
Para saber o seu nome
E porquê tanta fome
Em ser diabo?
Não me chega a sua graça.
Tenho de saber por onde passa.
Qual a razão para tanto mal
E que para ponto cardeal
Se inclina tal erva devassa?
Tenho de saber por onde passa.
Qual a razão para tanto mal
E que para ponto cardeal
Se inclina tal erva devassa?
Apodrece branca vinha.
É com certeza daninha.
Rompe! Brota Humana
E o que mais me dana,
É que é mulher minha.
É com certeza daninha.
Rompe! Brota Humana
E o que mais me dana,
É que é mulher minha.
Que se estica e se transforma,
Adopta qualquer forma,
Sobe clarabóia,
Cúpula, paranóia!
Nunca é nada, por norma.
Adopta qualquer forma,
Sobe clarabóia,
Cúpula, paranóia!
Nunca é nada, por norma.
Diogo Baião
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
the clues are...
a trail of dead women
bouncing on the edge of a slightly raised eyebrow,
a chair shaped man,
a bed shaped man,
a walking shapeless man that bends
with cloths for hands,
a bond between a compulsive liar
and a sweet clumsy giant messiah,
a series of unfortunate accidental rhymes,
a woman's moral if moral was a woman,
a two years dance with the queen to the sound of castanets,
two hands turned on their back,
a social hand grenade exploding on that hungry fucker's hands,
a love twenty-five years late,
a room full of mirrors, where the smoothest of stones sees itself rough.
a series of unfortunate good fucking people.
you know
"fish,
chips,
cup of tea,
bad food,
bad weather,
Mary fucking Poppins
you know, London"
left index on the nose
right index pointing forward.
bouncing on the edge of a slightly raised eyebrow,
a chair shaped man,
a bed shaped man,
a walking shapeless man that bends
with cloths for hands,
a bond between a compulsive liar
and a sweet clumsy giant messiah,
a series of unfortunate accidental rhymes,
a woman's moral if moral was a woman,
a two years dance with the queen to the sound of castanets,
two hands turned on their back,
a social hand grenade exploding on that hungry fucker's hands,
a love twenty-five years late,
a room full of mirrors, where the smoothest of stones sees itself rough.
a series of unfortunate good fucking people.
you know
"fish,
chips,
cup of tea,
bad food,
bad weather,
Mary fucking Poppins
you know, London"
left index on the nose
right index pointing forward.
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