quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Corrente do Mundo

Oferecemos-te o real fantástico 
Pousámos teu corpo sobre tua alma
E um e outro numa alcofinha de palma
Levada na correnteza de plástico 

nas margens os eucaliptos vocálicos 
Ardiam como um rastilho de pólvora 
pintando os restantes em tons de abóbora 
Como Ininflamáveis mastros metálicos 

E lá veio o Homem com as suas regras
Jogar todo este arvoredo ao fundo 
Das águas negras sobre águas negras
Ver-te descer na corrente do mundo

Homem este que num acto perverso
Plantou labaredas em teu redor
Fantástica força que noutro verso 
Te plantou a ti minha filha meu amor 

Diogo Baião 

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