Oferecemos-te o real fantástico
Pousámos teu corpo sobre tua alma
E um e outro numa alcofinha de palma
Levada na correnteza de plástico
nas margens os eucaliptos vocálicos
Ardiam como um rastilho de pólvora
pintando os restantes em tons de abóbora
Como Ininflamáveis mastros metálicos
E lá veio o Homem com as suas regras
Jogar todo este arvoredo ao fundo
Das águas negras sobre águas negras
Ver-te descer na corrente do mundo
Homem este que num acto perverso
Plantou labaredas em teu redor
Fantástica força que noutro verso
Te plantou a ti minha filha meu amor
Diogo Baião
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