e é só do conhecimento dela e do alheio,
que três faces que se cortam, formam as minhas esquinas,
a dela, a dele e a minha no meio.
É um castelo como outro qualquer.
Paredes, quatro cantos, quatro salas e artérias.
Desfeito por uma mulher,
desfeita pelas suas misérias.
É tudo meu! Pedra sobre pedra!
Sou o quebra-tudo!
Ruo em tom agudo.
Sou tudo o que quebra.
Violentamente apelido as pedras como minhas
e a mulher também.
Da verdade fico aquém,
de quem é esta quebra-esquinas.
Podia chamar-se quebra cantos
em vez de quebra-esquinas,
mas de que vale rimar mais com os seus encantos,
do que com as minhas ruínas?
Encantos, encontros,
quebra, não quebra, ousa, não ousa,
para ela estão sempre prontos
para quebrar qualquer cousa.
Encamisados tornozelos
joelhos em crosta,
labios que se desfiam novelos
nas mãos do quebra-costas.
Vigilante cego na minha torre,
vigio a sua rotina,
enquanto o meu castelo morre,
esquina atrás de esquina.
Investida a investida rui o meu muro
segundo proeminentes vozes,
proeminente e duro
já vai no segundo, craq craq, é o quebra-nozes.
Desfeito por uma mulher,
desfeita pelas suas misérias.
É tudo meu! Pedra sobre pedra!
Sou o quebra-tudo!
Ruo em tom agudo.
Sou tudo o que quebra.
Violentamente apelido as pedras como minhas
e a mulher também.
Da verdade fico aquém,
de quem é esta quebra-esquinas.
Podia chamar-se quebra cantos
em vez de quebra-esquinas,
mas de que vale rimar mais com os seus encantos,
do que com as minhas ruínas?
Encantos, encontros,
quebra, não quebra, ousa, não ousa,
para ela estão sempre prontos
para quebrar qualquer cousa.
Encamisados tornozelos
joelhos em crosta,
labios que se desfiam novelos
nas mãos do quebra-costas.
Vigilante cego na minha torre,
vigio a sua rotina,
enquanto o meu castelo morre,
esquina atrás de esquina.
Investida a investida rui o meu muro
segundo proeminentes vozes,
proeminente e duro
já vai no segundo, craq craq, é o quebra-nozes.
Vigilante cego na minha torre
vejo-a. Ela é a erosão e a frigidez.
O meu castelo morre,
uma esquina de cada vez.
Na resolução da mentira proposta,
coração à razão não desobedeças,
nesta esquina suposta
deste quebra-cabeças.
Vigilante cego na minha torre,
desmorono assim
O meu castelo morre
por fim.
Chama-se quebra-esquinas
bem como quebra-corações,
pois rima tanto com as minhas ruínas,
como com os meus grilhões.
Diogo Baião
vejo-a. Ela é a erosão e a frigidez.
O meu castelo morre,
uma esquina de cada vez.
Na resolução da mentira proposta,
coração à razão não desobedeças,
nesta esquina suposta
deste quebra-cabeças.
Vigilante cego na minha torre,
desmorono assim
O meu castelo morre
por fim.
Chama-se quebra-esquinas
bem como quebra-corações,
pois rima tanto com as minhas ruínas,
como com os meus grilhões.
Diogo Baião
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